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Alex Poatan defende decisão de lutar no UFC 303: “Já fiz 11 lutas em um ano”

Atual campeão meio-pesado (93 kg) do Ultimate, Alex Pereira aceitou colocar seu cinturão em jogo sem que houvesse tempo hábil para um camp de preparação adequado. Mais do que isso, o campeão volta ao octógono apenas dois meses depois de sua última defesa de título. Neste sábado (29), o brasileiro encara Jiri Prochazka na luta principal do UFC 303, em Las Vegas (EUA) – combate este que foi oficializado há apenas duas semanas. A decisão, apesar de arriscada, não parece preocupar ‘Poatan’.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), Alex Poatan se mostrou convicto de que fez a escolha certa ao aceitar ‘salvar’ o card do UFC 303, uma vez que o evento deste sábado perdeu de última hora a sua atração principal original: o duelo entre Conor McGregor e Michael Chandler. A confiança do striker paulista se justifica, de acordo com ele, pelo fato de já ter passado por situações semelhantes no passado, quando ainda competia no kickboxing.

Isso para mim não é uma novidade. É claro que a gente está falando do UFC. Mas eu já fui preparado para o que está acontecendo. Já fiz 11 lutas de kickboxing em um ano. Antigamente a gente mesclava as lutas amadoras com as profissionais. Então, eu lutei bastante. Estou preparado. Já aconteceu de lutar em tão pouco tempo no kickboxing. Acho que estou fazendo a coisa certa“, afirmou Poatan.

Funcionário do Ano

Com oito lutas disputadas em menos de três anos de trajetória no principal evento de MMA do planeta, Alex já conquistou feitos admiráveis na organização, como o recorde de menor tempo para conquistar títulos em duas divisões do UFC. Mais do que isso, o brasileiro já se consolidou como uma das maiores estrelas da companhia na atualidade, status que foi alcançado devido às vitórias e, também, à atitude do campeão.

Em menos de oito meses, por exemplo, o brasileiro ‘salvou’ três cards de extrema importância para o Ultimate. No último mês de novembro, Alex concordou em liderar o card do UFC 295, em Nova York (EUA), após o cancelamento da disputa entre Jon Jones e Stipe Miocic. Depois, o campeão foi escolhido para capitanear o evento centenário de número 300 da organização, em abril, quando restavam poucas opções viáveis para a vaga. E agora, mais uma vez, Poatan prova que é o ‘Funcionário do Ano’ do UFC.

Já dá para pôr aquela foto no quadro: Funcionário do Ano. Estou feliz com tudo que está acontecendo. Como eu sempre falo, eu estou treinando bem, fazendo um bom trabalho, e muito feliz que quando acontece algo assim eles pensarem em mim. Se eu não estou treinando, isso para mim é ruim. Mas eu estou sempre abraçando as oportunidades porque estou bem preparado”, finalizou.

Caso repita o resultado do UFC 295, quando venceu Jiri Prochazka e se sagrou campeão dos meio-pesados, Alex Poatan pode ficar próximo de buscar outra marca expressiva na entidade. Isso porque o próprio campeão já expressou seu interesse em se testar no peso-pesado, em busca de um novo título, que seria o seu terceiro em categorias diferentes, um feito inédito na história da competição.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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