No dia 1º de janeiro de 2024, se encerra oficialmente a relação entre o UFC e a USADA (Agência Antidoping Americana), já anunciada em outubro. Sendo assim, a ‘Drug Free Sport International’ será a nova entidade que cuidará do programa antidoping da maior organização de MMA do mundo. Nesta sexta-feira (29), o Ultimate tratou de divulgar os detalhes da parceria com o órgão.
De acordo com o comunicado oficial do UFC, um ponto que difere o novo do antigo programa antidoping é a quantidade de agentes de testes que procuram os lutadores para a coleta das amostras. Tudo porque a ‘Drug Free Sport International’ possui cerca de cinco mil funcionários para a realização da importante tarefa, ou seja, um número superior ao disponibilizado pela USADA.
Detalhes do novo programa antidoping no UFC
No novo programa, os atletas devem ficar em alerta e à disposição, pois continuarão recebendo visitas dos profissionais e realizando testes aleatórios e sem aviso prévio. Para isso, o UFC vai criar uma plataforma na qual os lutadores devem atualizá-la com frequência, informando suas respectivas localizações aos agentes da ‘Drug Free Sport International’ para a realização da coleta das amostras.
Sobre as regras, o novo programa antidoping se assemelha ao antigo quando se trata do ingresso de lutadores no UFC e em relação aos profissionais que decidem sair da aposentadoria. Portanto, os atletas que desejam voltar a competir terão que passar por seis meses de testes.
Já a lista de substâncias proibidas, sob a orientação da WADA (Agência Mundial Antidopagem), também será mantida. As únicas diferenças são os exemplos abaixo, que apontam certas substâncias e os níveis encontrados em um teste antidoping que não vão resultar em punição.
Clomifeno/clomifeno: 0,10 ng/mL2
Metabólito de longo prazo de testosterona: 0,10 ng/mL
Moduladores seletivos de receptores de andrógenos: 0,10 ng/mL3
GW-1516 (GW-501516): 0,10 ng/mL4
Metabólito de Trembolona: 0,20 ng/mL
Tais alterações permitem ao programa diferenciar casos de utilização com ou sem intenção de substâncias proibidas. De acordo com o novo programa antidoping do UFC, um lutador que testar positivo para as substâncias listadas será classificado como um ‘achado atípico’, não resultando em sanções imediatas. Será o CSAD, entidade antidoping nos esportes de combate financiada pelo Ultimate, que cuidará de tais casos e será responsável por averiguar o histórico de testes dos atletas. A empresa garante que não vai interferir nas decisões tomadas pelo órgão.