O primeiro evento do ‘Fight Music Show’, companhia que mistura lutas e entretenimento, não contou apenas com a presença de Acelino Popó Freitas e Whindersson Nunes. Na atração, realizada em janeiro, em Balneário Camboriú, Antônio Rogério Nogueira fez seu retorno aos esportes de combate contra Leonardo Guimarães e empolgou os fãs ao protagonizar um duelo acirrado e movimentado. E, além de comemorar a vitória na decisão unânime dos juízes, ‘Minotouro’, de 45 anos, também vibra por ainda ser capaz de competir em alto nível.
Apesar de ser favorito para o evento, ‘Minotouro’, que tem passagens pelo boxe e pelo MMA, não encontrou vida fácil diante de ‘Leleco’ no ringue, mas resistiu ao poder do adversário e o superou na base da experiência. Inclusive, o triunfo teve sabor especial para o veterano, já que estava aposentado. Em julho de 2020, após perder a trilogia para Maurício ‘Shogun’ no UFC, o irmão de ‘Minotauro’ decidiu se afastar dos esportes de combate. Contudo, a proposta do ‘Fight Music Show’ balançou o profissional, que, mesmo sem ter o devido tempo para se preparar para o duelo, aceitou o desafio de se testar contra um oponente seis anos mais novo.
“Eu tive só 20 dias de preparação. Se não me engano, fiz quatro sparrings para essa luta, ‘zerado’ no gás. Eu sabia que seria uma luta muito dura, contra um cara mais novo, muito forte, que vinha no ritmo. Foi um lutaço, um grande espetáculo”, explicou ‘Minotouro’ através de um comunicado oficial enviado para a imprensa.
E, ao que parece, ‘Minotouro’ recuperou a vontade de competir por conta da vitória no ‘Fight Music Show’ e pelo sucesso do primeiro evento da organização. Apesar de ter história para contar e ter lutado em diversos palcos ao longo de sua carreira, o brasileiro frisou que atuar na mesma atração que contou com as presenças de Popó, Whindersson, Esquiva Falcão, ‘Tirulipa’, como announcer, e do cantor Wesley Safadão, performando nos intervalos dos duelos, foi algo único. Tanto que, ainda que possua uma idade avançada para praticar esportes de combate, o veterano indicou que está aberto a permanecer em atividade no boxe.
“Me lembrou a atmosfera de Las Vegas. O Brasil tem uma certa carência de um evento desse nível, de padrão internacional. Foi uma festa, um show lotado. Eu vivi o início do Pride, o UFC e agora é uma fase diferente da minha carreira. Voltar ao boxe depois de tantos anos é um presente de Deus pra mim”, concluiu.