Boxe

Desafios entre celebridades e safra promissora ajudam a impulsionar boxe no Brasil

Whindersson Nunes faz encarada com King Kenny antes de luta no High Stakes – Danilo Fernandes/ Px Images

Ao longo dos últimos anos, diversos desafios de boxe envolvendo youtubers e celebridades têm atraído os olhos de milhões de pessoas. No Brasil, o principal expoente dessa nova modalidade é o humorista Whindersson Nunes. Com isso, a nobre arte tem angariado mais praticantes no país e movimentado as bets, como o site de apostas csgo.

Mas, embora seja o principal nome, Whindersson Nunes não é o único influenciador que tem levado o boxe para o grande público. Nomes como Christian Figueiredo, Dynho Alves, entre muitos outros, como Kléber Bambam, que deve enfrentar Acelino “Popó” Freitas em breve, também têm promovido o esporte.

Além disso, o Brasil tem uma geração muito interessante de boxeadores profissionais, que estão fazendo lutas importantes, inclusive por cinturões mundiais.

 

Boxe profissional busca protagonismo

Em 2019, por exemplo, o catarinense Patrick Teixeira tornou-se o quinto brasileiro a se sagrar campeão mundial, após ter vencido o dominicano Carlos Adames. Com a vitória, ele faturou o cinturão dos super-meio-médios da Organização Mundial de Boxe (OMB) e colocou seu nome na história do esporte brasileiro.
Outros pugilistas do Brasil que também vêm conseguindo destaque internacional são Robson Conceição e Esquiva Falcão.

O primeiro já lutou duas vezes pelo título mundial, contra Oscar Valdez e Shakur Stevenson. O baiano, medalhista de ouro na Olimpíada de 2016, acabou perdendo ambas as lutas por pontos, mas a peleja contra Valdez foi muito contestada, com diversos analistas e boxeadores tendo enxergado vitória do brasileiro.

Conceição, inclusive, terá uma nova oportunidade de ser campeão mundial. No dia 16 de novembro, ele encara o mexicano Emanuel Navarrete, em combate válido pelo cinturão da categoria leve júnior da OMB.

Já Esquiva Facão também teve uma oportunidade recente de lutar pelo título mundial. O brasileiro encarou, em julho deste ano, o alemão Vincenzo Gualtieri, pelo cinturão dos médios da Federação Internacional de Boxe (FIB), mas foi derrotado por decisão unânime.

E o boxe brasileiro masculino também tem sido bem representado por lutadores como Yamaguchi Falcão, irmão de Esquiva, e Hebert Conceição, que iniciou sua trajetória profissional após ter conquistado a medalha de ouro olímpica em 2020.

 

Públicos diferentes

Dessa forma, a simbiose entre desafios de celebridades e o bom momento do boxe profissional pode gerar frutos importantes à modalidade. Afinal, os influenciadores chegam a um público muito vasto e podem furar a bolha para atrair novos fãs, patrocinadores e criar eventos para a nobre arte.

O boxe brasileiro, assim como outras modalidades, sempre teve atletas talentosos, mas sofre com a falta de incentivo, o que impede que jovens prospectos possam ser lapidados e tornem-se, efetivamente, lutadores do primeiro escalão.

Desde 2012, porém, quando Esquiva e Yamaguchi Falcão, além de Adriana Araújo, conquistaram três medalhas olímpicas para o boxe brasileiro, a modalidade parece ter voltado a ganhar destaque. Desde então, o país vem conseguindo boas performances nos Jogos Olimpícos e tem visto muitos boxeadores fazerem a transição para o profissional, obtendo bons resultados.

A expectativa é de que a nobre arte, alavancada pelos desafios que estão acontecendo pelo país, possa crescer e, assim como acontece no MMA, o boxe brasileiro ostente sempre atletas de ponta.

 

Campeões mundiais do Brasil

O último brasileiro a conquistar um título mundial de boxe foi Patrick Teixeira, em 2019. No entanto, outros quatro pugilistas do país já haviam conquistado essa glória. O primeiro deles foi, inclusive, um dos melhores a colocar os pés em um ringue: Éder Jofre.
O “Galo de Ouro” foi eleito o melhor peso-galo da história pela revista especializada The Ring. Além disso, aparece como o 36º melhor boxeador de todos os tempos em publicação da ESPN.
Jofre foi campeão no peso-galo de 1960 a 1965, e também conquistou o cinturão mundial no peso-pena em 1973.
Completam a lista de brasileiros campeões mundiais o paulista Miguel de Oliveira e os baianos Valdemir “Sertão” Pereira e Acelino “Popó” Freitas.

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