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Amanda Serrano e Danila Ramos confraternizam após luta histórica no boxe.
Amanda Serrano e Danila Ramos fizeram história - Most Valuable Promotions/Joseph Correa - Frontproofmedia

Boxe

Brasileira perde disputa de título mundial, mas entra para história do boxe

No noite de sexta-feira (27), em Orlando (EUA), Danila Ramos foi superada pela porto-riquenha Amanda Serrano e não conseguiu destronar a supercampeã do peso-pena. Apesar da derrota, a brasileira entrou para a história do boxe mundial ao lado da porto-riquenha.

Juntas, Danila Ramos e Amanda Serrano participaram da primeira luta de unificação de título mundial no boxe feminino disputada sob a mesma regra dos homens, com 12 rounds de três minutos previstos. Normalmente, os duelos por cinturão entre as mulheres são programados para dez rounds de dois minutos.

Apesar de mostrar resiliência e bons atributos em cima do ringue, Danila Ramos sucumbiu à superioridade técnica de Amanda Serrano. A porto-riquenha confirmou seu amplo favoritismo nas bolsas de apostas antes do combate, foi melhor durante grande parte da disputa e venceu na decisão unânime dos juízes – triplo 120 a 108 nas papeletas.

Com o resultado, Serrano manteve em sua posse três dos quatro títulos mundiais peso-pena que detinha: Federação Internacional de Boxe (IBF), Associação Mundial de Boxe (WBA) e Organização Mundial de Boxe (WBO) – este último do qual Danila possuía o cinturão interino. A cinta da porto-riquenha do Conselho Mundial de Boxe (WBC) foi a única que não esteve em jogo na sexta-feira, uma vez que a entidade não concordou em homologar uma disputa feminina com 12 rounds de três minutos.

Batalha por igualdade

O histórico feito de Amanda Serrano e da brasileira Danila Ramos pode ser visto como mais um passo na batalha das pugilistas mulheres por igualdade no boxe. Além de poderem competir sob as mesmas regras dos homens, as principais lutadores da nobre arte na atualidade buscam também equiparação no prestígio e nos salários pagos na modalidade.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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