No último domingo (26), Bia Ferreira fez história ao se tornar bicampeã do Campeonato Mundial de Boxe, realizado em Nova Déli (IND). Durante o evento, porém, uma situação protagonizada fora dos ringues roubou a cena. Competidores de destaque, duas atletas foram retiradas da competição por um suposto ‘teste de gênero’.
Imane Khelif e Taiwan Lin Yu-Ting foram desqualificadas pela Federação Internacional de Boxe (IBF) sem maiores detalhes sobre a decisão. A equipe das pugilistas revelou que o motivo do imbróglio havia sido um possível teste de gênero que, após aferido, teria feito com que a entidade impossibilitasse a continuidade das atletas no Mundial. A informação foi dada pelo blog ‘Olhar Olímpico’.
Uma das desclassificadas, inclusive, havia avançado para a final do torneio e, após a polêmica, não pôde competir pelo ouro. Vice-campeã mundial em 2022 e campeã africana com apenas 23 anos, Imane Khelif lamentou o ocorrido.
“Participei de muitos torneios e não houve problema. Mas quando minhas chances se tornaram grandes para ganhar a medalha de ouro, eles vieram e me impediram, justificando que minhas qualificações são maiores que as qualificações do restante das mulheres”, reclamou, em entrevista ao site ‘Kooora’.
Dentro do certame do boxe, já havia questionamentos sobre as características físicas de Imane Khelif e Taiwan Lin Yu-Ting. A reclamação das demais equipes se centrava no fato das pugilistas serem consideravelmente mais musculosas que suas adversárias. No entanto, apesar dos burburinhos, nenhuma atitude havia sido tomada a respeito até a desclassificação das duas no Mundial desta temporada.