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Divulgação/BKFC

Boxe

Após derrota, Diego Sanchez acusa rival de trapaça e contesta resultado: “Sou o vitorioso”

Após deixar o Ultimate em 2020 e, desde então, flertar com a possibilidade de competir no boxe, Diego Sanchez, enfim, fez sua estreia no esporte – dentro da modalidade sem luvas, no evento ‘Bare Knuckle FC’. No entanto, o debute não saiu como o esperado e o veterano foi derrotado por Austin Trout via nocaute técnico no quarto round. Apesar do desfecho desfavorável, o vencedor da primeira edição do ‘The Ultimate Fighter’ ignora o resultado oficial e se considera o vencedor da disputa.

A linha de raciocínio de Sanchez se baseia na acusação do ex-UFC ao seu rival. Após o combate, através de suas redes sociais (veja abaixo ou clique aqui), Diego apontou uma possível trapaça de Trout durante o duelo. De acordo com o veterano, o pugilista, ex-campeão mundial de boxe pela WBA (Associação Mundial de Boxe), teria feito uso excessivo de vaselina em seu corpo, a fim de obter vantagem ao longo do embate.

“Primeiro de tudo, não passei nenhuma vaselina em mim. Em segundo lugar, eu senti tanta vaselina nos ombros e pescoço dele durante a luta que eu não consegui utilizar o clinch. Isso é trapaça, pessoal. Dito isso, sou o campeão vitorioso e conto isso como uma vitória. Espero que possamos reverter o resultado. Conversarei com meu advogado em breve”, reclamou Diego.

Posteriormente, Sanchez compartilhou um trecho do confronto em que é possível ver justamente o corner de Austin passando vaselina no pugilista no intervalo de um dos rounds. A oleosidade do rival impediu, segundo Diego, que o ex-atleta do UFC conseguisse colocar sua estratégia em jogo. A intenção do veterano era minimizar a diferença de lastro na modalidade para seu rival, ex-campeão mundial de boxe, com o uso do clinch na curta distância.

“E talvez tenha sido pura coincidência, porque eu disse publicamente que minha estratégia seria me aproximar e agarrar no pescoço dele, no estilo MMA, e trabalhar dessa posição. Quando decidi aceitar essa luta, eu sabia que o Austin era um boxeador de elite com um alcance maior. A principal razão pela qual disse sim para a luta eram minhas chances no clinch, pelo fato dele estar acostumado com luvas de boxe, e o clinch seria algo novo para ele, dando a cada um sua vantagem. Uma luta justa sem ser no MMA e sem ser no boxe, no meio do caminho”, explicou.

Com uma carreira de duas décadas dedicadas ao MMA, Diego Sanchez construiu boa parte de sua trajetória dentro do UFC, onde se tornou um dos atletas mais populares da liga, por conta de seu estilo agressivo dentro do octógono e personalidade forte fora dele. ‘The Nightmare’, como é conhecido, chegou a, inclusive, disputar o cinturão do peso-leve (70 kg) na organização comandada por Dana White, em dezembro de 2009, mas acabou derrotado por BJ Penn.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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