Ao que tudo indica, Fedor Emelianenko já deixou claro para a alta cúpula do Bellator que pretende encerrar sua carreira com uma disputa pelo título dos pesos-pesados da entidade. Porém, ainda que a organização tenha em seus planos entregar uma despedida à altura do lendário lutador russo, o pedido do ex-campeão do Pride ainda depende de outros fatores.
Em entrevista ao site ‘MMA Junkie’, Scott Coker – presidente do Bellator – admitiu que foi procurado pelo veterano, que expressou seu desejo de enfrentar o Ryan Bader, atual campeão dos pesados, na última luta de sua carreira. O mandatário, no entanto, relembrou que o americano colocará o cinturão linear em jogo contra o russo Valentin Moldavsky – companheiro de treinos e pupilo de Fedor – no dia 29 de janeiro, o que poderia atrapalhar os planos de Emelianenko.
“Foi isso que Fedor me pediu. Ele falou: ‘Se Ryan (Bader) vencer (Valentin) Moldavsky, eu quero lutar com Ryan Bader’. Foi isso que ele disse. Eu falei: ‘Bom, vamos conversar sobre isso e eu vou te dar algumas outras possibilidades no começo de janeiro, aí vamos ver como a luta se desenrola e a gente gente toma uma decisão de negócio, Fedor. O que você acha?’. E ele disse: ‘Ok’. E foi isso”, explicou Scott Coker, que reforçou sua intenção de promover uma despedida grandiosa para o grande astro russo.
“Nós temos mais uma luta com ele e vamos fazer algo realmente grande na Rússia. Ele merece uma despedida de rei com a carreira que ele teve, e nós vamos dar isso a ele”, concluiu.
Considerado por boa parte da comunidade do MMA como um dos maiores lutadores de todos os tempos, Fedor Emelianenko viveu o auge de sua carreira quando atuava no Japão, onde se consagrou como campeão do extinto evento ‘Pride’. Depois de deixar a Ásia e se aventurar em eventos norte-americanos, o peso-pesado colecionou resultados positivos e negativos, mas não perdeu seu prestígio.
Pelo Bellator, onde atua desde 2017, o russo soma quatro vitórias – a mais recente delas sobre Tim Johnson, em outubro deste ano – e duas derrotas, uma delas para Ryan Bader, na final do GP peso-pesado da organização, com o cinturão da categoria em jogo.