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Ex-campeão do UFC, Daniel Cormier integra o Hall da Fama da organização e atua como comentarista
Daniel Cormier revela impacto do fim do pay-per-view no pagamento de lutadores do UFC - Louis Grasse/Ag Fight

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Fim do PPV: Daniel Cormier explica que lutadores vão ganhar mais com a Paramount

Daniel Cormier revelou que o UFC abriu espaço para a reestruturação dos contratos de seus atletas com o fim do modelo tradicional de ‘pay-per-view’ e a chegada do novo formato de transmissão via streaming, em parceria com a ‘Paramount+’. Segundo o ex-campeão de duas divisões, a mudança deve ter um impacto direto e positivo na remuneração de lutadores em diferentes posições do plantel.

O novo acordo de mídia do Ultimate, avaliado em aproximadamente 7,7 bilhões de dólares por sete anos, entra em vigor a partir do UFC 324, no dia 24 de janeiro, e extingue o sistema de vendas individuais de eventos. Com isso, todos os cards passarão a ser exibidos em uma única plataforma, alterando a lógica de ganhos baseada em pontos de pay-per-view, especialmente para atletas que dependiam do desempenho comercial das lutas.

Em participação no podcast ‘Weighing In’, Cormier afirmou ter conhecimento direto das negociações em andamento e garantiu que o UFC permitiu que lutadores renegociassem seus contratos considerando o novo cenário. De acordo com ele, diversos competidores solicitaram ajustes justamente por conta do fim do pay-per-view, e a organização aceitou essas solicitações.

Eu conheço caras que disseram: ‘Posso reestruturar meu contrato considerando que o pay-per-view acabou?’ E o UFC respondeu: ‘Sim’. Agora é dinheiro garantido. Quem está começando vai receber mais, e quem está no topo do card também terá ganhos maiores. Eles estão aumentando o pagamento desses atletas”, revelou Cormier.

Benefícios

Para o ex-campeão, o novo modelo traz benefícios tanto para iniciantes quanto para nomes consolidados nos cards principais. Ele explicou que, nos últimos anos, os números de vendas de PPV já não eram os mesmos de épocas anteriores, tornando o sistema menos eficiente para muitos lutadores, especialmente em um contexto marcado pela pirataria e pelo declínio do consumo de pay-per-view.

“Os PPVs simplesmente não vendiam tanto. As pessoas pirateavam, assistiam por streams, faziam de tudo, e os números já não eram bons”, afirmou Cormier, destacando as dificuldades do modelo antigo.

Ainda segundo o ex-lutador, a mudança tende a tornar os ganhos mais previsíveis, com valores garantidos em contrato e menor dependência de métricas externas como audiência e vendas. Embora haja expectativa sobre como o UFC manterá o impacto promocional de grandes eventos sem o PPV, Cormier reforçou que, financeiramente, os atletas já estão percebendo efeitos positivos com a transição.

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Natural do Rio de Janeiro, Geovanne Peçanha se formou em jornalismo na Facha (Faculdades Integradas Hélio Alonso). Com passagens por Lance!, CBF TV, FERJ e outros, é um fanático por esportes. Ex-praticante de Muay Thai, se apaixonou pelo MMA.

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