Em 1993, o UFC ganhava vida e promovia seu primeiro evento da história já dentro de um modelo de negócios que se consolidou por mais de três décadas: o pay-per-view. Exatos 32 anos depois, o Ultimate está prestes a encerrar uma era com a realização de um possível último card de ‘PPV’ – formato que será substituído com a chegada do ‘streaming’ à entidade presidida por Dana White. E dentro deste contexto que pode servir como um marco temporal e ditar os rumos da modalidade futuramente, é um brasileiro que desponta soberano como o campeão mais dominante da principal liga de MMA do mundo: Alexandre Pantoja.
Em ação no UFC 323 deste sábado (6), último evento de ‘PPV’ desta era, o peso-mosca (57 kg) brasileiro tenta ampliar ainda mais seu domínio na categoria com uma eventual quinta defesa de cinturão. Para isso, terá que desbancar o jovem Joshua Van, de apenas 24 anos, no ‘co-main event’ da noite, em Las Vegas (EUA). Atento às mudanças que estão por vir, Pantoja projetou, em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, um futuro promissor para o Ultimate com a chegada de um novo modelo de consumo e transmissão em 2026.
“Eu acho muito importante (essa nova era). Acho que isso mostra a evolução do esporte e que o UFC veio para ficar. O futuro do esporte é o UFC. É o esporte que outros atletas assistem. E a ‘Paramount’ vindo e apostando no UFC com isso. Tenho notado uma galera mais jovem que acompanha o UFC, tenho muitos fãs jovens, da idade dos meus filhos. E esses fãs engajam muito, estão sempre nas redes sociais. Então esse acordo com a Paramount mostra que o UFC vai ficar aí por muitos anos e que é um dos melhores esportes do mundo, sem sombra de dúvidas. Todo mundo ama assistir o UFC. E isso vai durar por muito tempo”, projetou o brasileiro.
Nova era com a Paramount
Em setembro deste ano, através de um comunicado oficial, o Ultimate anunciou que chegou a um acordo bilionário com a Paramount+ pela venda dos direitos de transmissão dos seus shows. Para ter o direito de transmitir os eventos do UFC ao vivo pelos próximos sete anos, a gigante do streaming vai pagar à organização de Dana White o valor de 7,7 bilhões de dólares (cerca de R$ 42 bilhões na cotação atual). A nova parceria entra em vigor a partir de 2026.
Evento crucial para Pantoja
Além de ter a oportunidade de competir em um card que ficará para a história da companhia, Pantoja terá a chance de fechar uma era do UFC em grande estilo. Caso confirme seu favoritismo contra Joshua Van e se mantenha no posto de campeão peso-mosca, o brasileiro se consolidaria como um dos principais rostos da empresa para a virada do ano, já de olho em uma posição de destaque em eventuais shows junto à Paramount.
E agora, sem a necessidade e obrigação do UFC vender pacotes ‘PPV’ a cada evento numerado, o campeão brasileiro que, apesar da soberania, nunca foi dos mais populares da liga, pode ganhar ainda mais prestígio junto à empresa em um eventual novo cenário em que suas credenciais técnicas e domínio esportivo sejam mais exaltados do que a falta de apelo comercial junto aos fãs. Desta forma, se manter no topo neste momento de extremas mudanças é crucial para o legado de Pantoja.
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