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Entrevistas

Popó descarta acordo com Wanderlei Silva: “Não vão achar dinheiro no meu bolso”

O caminho para uma reconciliação entre Acelino ‘Popó’ Freitas e Wanderlei Silva parecia ter sido aberto com a gravação do comercial para a rede de restaurantes ‘fast food’ Burger King – o primeiro encontro dos veteranos lutadores após a briga generalizada entre as equipes de ambos no ‘Spaten Fight Night 2’, em setembro. Porém, em recente declaração à Ag Fight, o Hall da Fama do UFC negou que a paz esteja selada e condicionou a resolução dos problemas com o tetracampeão mundial de boxe a uma conversa envolvendo seu advogado – uma exigência que o pugilista baiano não parece disposto a acatar.

Isso porque a fala de Wanderlei fez com que muitas pessoas especulassem sobre uma possível intenção – por parte do ex-UFC – de conseguir uma indenização financeira através de acordo com Popó. Caso este seja, de fato, o intuito do curitibano e seu advogado, o ex-campeão mundial de boxe fez questão de deixar claro que não pretende pagar nenhuma quantia ao ‘Cachorro Louco’.

“Não tem nada a negociar. Eu fui um dos caras que foi mais agredido, como eu vou negociar. Negociar para que? Se for em termos de dinheiro, eles não vão achar dinheiro no meu bolso. Se eles estão procurando dinheiro de indenização, não tem como”, afirmou Popó, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight.

Na Justiça?

Nocauteado por um dos filhos de Popó durante a briga generalizada que tomou conta do ringue da segunda edição do ‘Spaten Fight Night’, logo após o término do combate entre eles, o astro do MMA também ameaça levar o caso à Justiça, assim como o advogado Claudio Dalledone, representante legal do ex-campeão do PRIDE. O caminho judicial, entretanto, não faz parte dos planos iniciais de Acelino Freitas, como o próprio faz questão de ressaltar, mas não chega a ser completamente descartado pelo baiano.

Se virar (uma ação criminal), vai ser dos dois lados, com certeza! Eu estou de boa, não quero dar holofote para ninguém. Até no lado cível, você dá holofote para alguém. Isso não vai mudar minha vida em nada. Isso não vai reverter o murro e as porradas que eu tomei, isso não vai reverter as porradas que o (Fabrício) Werdum deu no meu filho, isso não vai reverter as porradas que, no chão, o (André) Dida deu no meu irmão. Não vai reverter nada disso. Vai fazer o que? Para que? Para ganhar dinheiro? Ou tentar prender (alguém)? Não tenho porque (fazer isso). Eu quero só selar a paz, fazer o que eu estou fazendo, aproveitar o pós-luta e ganhar a grana que a gente está ganhando, ter a visibilidade que a gente está tendo e acabou”, concluiu o baiano.

Relembre o caso

Depois de Wanderlei Silva ser desclassificado por reincidir em golpes ilegais – cabeçadas e até uma joelhada – contra Acelino Freitas, uma confusão tomou conta do ringue do Spaten Fight Night 2, com membros das duas equipes engajando em uma pancadaria generalizada. Durante a briga, um membro do time de Popó, posteriormente identificado com um de seus filhos, conectou um soco no ex-lutador do UFC que o levou à lona, nocauteado. O incidente ainda continuou por mais algum tempo antes de se encerrar definitivamente.


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Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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