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Recusa de Moicano e mais! Charles Do Bronx explica escolha de rival no UFC Rio

Após a saída por lesão no joelho de Rafael Fiziev da luta principal do UFC Rio, instaurou-se uma verdadeira novela para definir quem seria o novo adversário de Charles Oliveira no dia 11 de outubro. A saga chegou ao fim na última terça-feira (23), com o anúncio oficial de que Mateusz Gamrot, número 8 do ranking, foi o contemplado para ocupar a vaga. Agora, com sua participação no card da ‘Cidade Maravilhosa’ assegurada, ‘Do Bronx’ abriu o jogo sobre o processo de negociação nos bastidores que culminou na definição do grappler polonês como seu oponente.

Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, o ex-campeão peso-leve (70 kg) do Ultimate revelou que, antes de Gamrot, ao menos outros dois nomes de peso foram sondados pela empresa: Benoit St-Denis e Renato ‘Moicano’. E, apesar da dupla ter manifestado interesse público no confronto, o UFC não obteve uma resposta positiva quando entrou em contato com os atletas e suas respectivas equipes.

O primeiro nome (cogitado) foi o St-Denis. Pelo fato de bem lá atrás, quando acabou a luta (dele), ele falou: ‘Estou de olho na luta (do Rio) e posso ser o reserva. Então ele meio que já ficou como reserva. E na hora que aconteceu (a lesão) e falaram, eu disse: ‘Pode ser’. Mas quando pensamos em algo, já saiu na mídia (que não lutaria). Aí tentamos aproveitar o hype do ‘Moicano’, que pediu a luta na internet. Pediu para todo mundo falar com o Dana, fez todo um enxame. E a gente falou com o UFC, e o que chegou para a gente – não sei se é verdade porque não estava no telefone – foi que entraram em contato por ligação e eles (Moicano e equipe) negaram a luta”, revelou Charles.

Leque reduzido

Sem Moicano e St-Denis como possibilidades viáveis, o leque de opções do UFC e, consequentemente, de Charles se reduziu consideravelmente. Segundo o brasileiro, o único nome dentro do top 15 da categoria que aceitou competir de última hora nas condições apresentadas foi justamente Gamrot. Além dele, a alta cúpula da empresa ofereceu outros dois nomes para Do Bronx – devidamente descartados por sua equipe por sequer figurarem no ranking dos pesos-leves.

“Se é verdade ou mentira (que o Moicano recusou a luta), não sei. O que chegou foi isso. Então a gente descartou (ele). Foi quando pensei: ‘E agora?’. Foi quando mandaram o nome do Mateusz e de mais dois nomes que nem estavam perto do ranking. Então colocando na balança, escolhi o Mateus pelo fato de ser um jogo bom, de ser um cara ranqueado, oitavo do ranking e pelo ‘hype’ que está vindo. Foi isso que aconteceu”, concluiu o faixa-preta de jiu-jitsu.

Desafio diferente pela frente

Vindo de vitória contra Ludovit Klein, em maio deste ano, Gamrot representa um desafio totalmente diferente para o qual Charles vinha se preparando. Contra Fiziev, seu oponente original, Do Bronx treinava para um especialista na trocação, campeão mundial de muay thai. Já agora, diante de Mateusz, o atleta da ‘Chute Boxe Diego Lima’ terá que adaptar totalmente sua estratégia, já que medirá forças contra um grappler que tem na luta agarrada o seu carro-chefe. Tudo isso com pouco mais de duas semanas para o combate.

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Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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