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Cesar Almeida encara Ihor Potieria no UFC 307.
Cesar Almeida encara Ihor Potieria no UFC 307 - Diego Ribas/Ag Fight

Entrevistas

Cesinha Almeida exalta parceria com ex-rival Alex Poatan para o UFC 307

Em junho, César Almeida sofreu sua primeira derrota no MMA e, de quebra, perdeu a invencibilidade no Ultimate. Quatro meses depois, o atleta volta ao octógono, neste sábado (5), para encarar Ihor Potieria, no card preliminar do UFC 307, em Salt Lake City (EUA). Para se recuperar e voltar ao caminho das vitórias, o striker brasileiro conta com a ajuda de um antigo rival da época do kickboxing.

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No passado, ‘Cesinha’ e Alex Pereira se enfrentaram em três ocasiões no kickboxing, com uma vitória do primeiro e duas do atual campeão meio-pesado (93 kg) do Ultimate. Agora, os dois uniram forças para se ajudarem na preparação para seus respectivos compromissos no UFC 307 – ‘Poatan’ na luta principal do show contra Khalil Rountree Jr, em disputa pelo título até 93 kg, e Almeida no duelo contra Potieria.

Durante pouco mais de um mês antes do evento, os antigos rivais treinaram juntos diariamente, trocando experiências e aperfeiçoando suas técnicas de combate, visando o sucesso no UFC 307. E, ao que parece, a inusitada parceria foi proveitosa. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, ‘Cesinha’ exaltou o período de treinamentos ao lado de ‘Poatan’ e o progresso feito por ele em decorrência do camp com o campeão e toda sua equipe.

“Depois da luta, eu já voltei para a academia e foquei bastante nisso, em controlar a distância, defesa… E cheguei lá com algumas dificuldades ainda. (Mas) terminei as duas últimas semanas muito bem, já conseguindo visualizar e executar bastante coisa. Foi importante demais. A experiência que os caras têm, o Alex agora já é um cara experiente no MMA, o Glover, sem palavras, campeão aos 42 anos, o (Sean) Strickland também foi lá, é meu parceiro de treino. Muita gente boa ao redor, você só tem a evoluir. Acredito que eu evolui bastante nessas últimas cinco semanas”, comentou o peso-médio (84 kg) do UFC.

Sem vaidade

Apesar do histórico de rivalidade no kickboxing, ‘Cesinha’ trata a parceria com ‘Poatan’ de forma natural. Mais do que isso, o striker paulista vê a situação como um avanço do profissionalismo no esporte, uma vez que a vaidade dos atletas fica de lado e o que realmente importa é o crescimento como lutador de cada um.

Inclusive, no mesmo camp de treinamentos, outros dois antigos rivais do campeão meio-pesado do Ultimate também estiveram presentes: Yousri Belgaroui e Sean Strickland. O holandês de ascendência tunisiana também protagonizou uma trilogia com ‘Poatan’ no kickboxing, da mesma forma que ‘Cesinha’, enquanto o americano foi adversário do brasileiro já no UFC, durante a caminhada do paulista rumo ao título peso-médio, em 2022.

“No mundo do business do MMA é normal, não tem mais essa vaidade hoje em dia. Não é porque você lutou e perdeu para o cara que não vai treinar (com ele), tem que treinar. A gente quer evoluir, todo mundo quer evoluir. A gente tem coisa para mostrar, eles têm coisa para mostrar. Tem o Yousri (Belgaroui) ainda. São quatro ex-rivais, todo mundo já brigou entre si e (os quatro) estão buscando evolução juntos agora. É aquela parada: junto a gente é mais forte”, finalizou.

Depois de construir uma longa carreira no kickboxing, César Almeida decidiu seguir os passos de Alex ‘Poatan’ e migrar definitivamente para o MMA. Assim como o antigo rival, não demorou muito para que o striker paulista conseguisse sua vaga no UFC. Após se destacar no Contender Series, ‘Cesinha’ foi contratado pela liga presidida por Dana White em agosto do ano passado.

Pelo principal evento de MMA do planeta, César Almeida estreou com vitória sobre Dylan Budka, por nocaute técnico, em abril deste ano. Já na sua segunda apresentação no octógono mais famoso do mundo, o lutador brasileiro acabou superado por Roman Kopylov, na decisão dividida dos juízes, em junho.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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