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Renato Moicano é entrevistado por Michael Bisping após sua vitória no UFC Paris.
Após 'congelar' no ranking, o brasileiro detonou os critérios do UFC para definir os melhores do mundo - Louis Grasse/Ag Fight

Ranking

Renato Moicano detona critérios do ranking por não ganhar posições com vitória no UFC Paris

Considerado azarão nas principais casas de apostas, Renato Carneiro quebrou a banca no UFC Paris. Escalado para a luta principal do show, o brasileiro ampliou a ótima fase na empresa ao desbancar Benoit Saint Denis, atleta da casa, por nocaute técnico após interrupção médica. Entretanto, a performance dominante dentro no octógono não rendeu posições ganhas no ranking para o representante da ‘American Top Team’. E não demorou muito para que ‘Moicano’ criticasse abertamente os critérios adotados para montar as listagens do Ultimate.

Através de suas redes sociais (veja abaixo ou clique aqui), Renato demonstrou claramente sua insatisfação com a mais recente atualização do ranking desta terça-feira. Sem ganhar ou perder posições, o brasileiro permaneceu na 11ª colocação entre os pesos-leves (70 kg). Sem compreender os critérios, Moicano insinuou, inclusive, que pode ter sido ‘boicotado’ por ter criticado abertamente o presidente da França, Emmanuel Macron, em seu discurso pós-luta no UFC Paris.

Essa é a primeira vez que eu vejo alguém destruir seu adversário e não subir no ranking. Eu acho que os jornalistas de MMA também amam o Macron”, alfinetou o peso-leve brasiliense, através de sua conta oficial no Instagram.

Sabia o que estava por vir?

Curiosamente, Moicano parecia saber o que estava por vir, já que, ainda na segunda-feira, horas antes da atualização do ranking, projetou, em sua conta no ‘X’ (antigo Twitter) que, caso não se movesse no ranking, os critérios da empresa seriam considerados por ele uma “palhaçada”. Além disso, o brasileiro argumentou que, em sua visão, deveria ser alçado ao posto de sexto colocado da categoria. Para justificar seu ponto de vista, Renato citou a falta de assiduidade e resultados negativos de concorrentes que hoje estão na sua frente na listagem dos pesos-leves.

Se os rankings do UFC não são uma completa palhaçada, eu deveria ser ranqueado como sexto colocado dos leves amanhã. Por que? Nos últimos oito meses, lutei três vezes e estou numa sequência de seis vitórias entre os pesos-leves, com cinco interrupções. Mesmo assim, estão ranqueados acima de mim: #10 Max Holloway, uma lenda, mas é um peso-pena. #9 Rafael Fiziev, vindo de duas derrotas e com última luta em setembro de 2023. #8 Mateusz Gamrot, vindo de derrota para o Dan Hooker em agosto. #7 Beneil Dariush, vindo de duas derrotas e sua última luta foi em dezembro de 2023. #6 Michael Chandler. Se alguém não merece a posição, é o Chandler. Está 2-3 no UFC, vindo de derrota para o Poirier em 2022. Desde então, sentou para esperar McGregor. Não tem como eu não ser o sexto na categoria agora”, protestou Renato.

Moicano desbancou o 12º colocado no UFC Paris e, assim, se manteve na 11ª posição, apesar de discordar dos critérios adotados. A única atleta que entrou em ação no card sediado na França e se movimentou no ranking foi Ailin Perez que, com o triunfo com direito a dancinha sobre Darya Zheleznyakova, subiu da 15ª para a 14ª posição entre as pesos-galos (61 kg).

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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