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O brasileiro, flagrado no doping, foi demitido do UFC antes mesmo de conseguir estrear pela liga - Reprodução/Instagram

Doping

Flagrado no doping, brasileiro recebe 2 anos de suspensão e é demitido do UFC antes de estrear

Escalado de última hora para o UFC Arábia Saudita e retirado às vésperas por admitir uso de substância proibida, Joilton Lutterbach sofreu um grande baque nesta terça-feira (13). Através de um comunicado oficial emitido em seu site (clique aqui), o Ultimate informou que ‘Peregrino’, como é conhecido, testou positivo para um metabólito da substância drostanolona – esteroide anabolizante proibido pela política antidoping da empresa. Pela infração, o peso-médio (84 kg) brasileiro recebeu uma suspensão de dois anos da ‘Combat Sports Anti-Doping’ (CSAD) e, além disso, teve seu contrato com a companhia rescindido.

Sendo assim, Peregrino foi demitido do Ultimate antes mesmo de conseguir realizar sua aguardada estreia na liga presidida por Dana White. De acordo com o comunicado, Joilton testou positivo em uma amostra de urina coletada fora do período de competição, no dia 8 de junho, pela ‘Drug Free Sport International’. Seu gancho, porém, começou no dia 23 de junho, dia em que o atleta paraibano foi oficialmente notificado de sua sanção. Desta forma, o lutador de 31 anos só estará apto a voltar a competir profissionalmente no MMA no dia 23 de junho de 2026.

Honestidade prévia poderia atenuar punição

No fim de maio, Joilton teve um contrato oferecido pelo UFC para, de última hora, enfrentar Sharabutdin Magomedov no final do mês seguinte, na Arábia Saudita. Ao aceitar a oportunidade, o brasileiro deveria ser obrigado a declarar o uso de quaisquer substâncias proibidas que tivesse consumido nos últimos 12 meses, conforme elucidou o comunicado do site do Ultimate. Nestes casos, o lutador não seria julgado como se tivesse cometido uma violação, mas poderia, dependendo das circunstâncias, cumprir uma pena de seis meses e obrigado a apresentar dois testes limpos. Caso seguisse tal protocolo, Peregrino teria, assim, um gancho bem menos rígido.

Entretanto, mesmo ciente de que havia feito “uso extensivo de drostanolona” nos meses anteriores, conforme informou o UFC, Joilton se manteve em silêncio, na expectativa de que pudesse estar limpo e apto a competir no card da Arábia Saudita. Um flagra dias antes do evento, porém, frustrou os planos do paraibano que, pela omissão, recebeu uma pena maior, pegando 24 meses de suspensão.

Brasileiros na berlinda

Joilton Lutterbach é o terceiro brasileiro que acabou flagrado no doping nos últimos dias dentro das principais ligas do MMA profissional. Também no UFC, Bruno Blindado recebeu seis meses por testar positivo para a mesma substância de Peregrino. Sua situação, porém, foi julgada e punida de forma mais branda, já que a quantidade presente em seu organismo foi considerada muito baixa pela entidade e incapaz de gerar ganhos de performance ao atleta. Já na PFL, Bruno Cappelozza recebeu um ano de suspensão por testar positivo para a substância positiva clomifeno. Foi o segundo ‘flagra’ do ex-campeão peso-pesado da entidade nos últimos anos.

Vale ressaltar que após a rescisão com a USADA, no fim de 2023, a coleta de amostras feitas com os atletas do plantel do UFC é conduzida pela ‘Drug Free Sport International’, enquanto a administração e as sanções são supervisionadas de forma independente pelo ‘Combat Sports Anti-Doping’ (CSAD).

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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