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Contratada pelo UFC, Eduarda Ronda relembra início nas artes marciais: “Larguei a faculdade”

Contratada pelo UFC na noite da última terça-feira (15), após vencer por finalização seu combate no programa ‘Contender Series’, Eduarda Moura – parceira de equipe do peso-pesado Jailton Malhadinho – chega à organização cercada de expectativas e com um currículo invicto. Tudo isso parece ganhar ainda mais valor pelo fato de ‘Ronda’, como foi apelidada pela semelhança física com a ex-campeã do Ultimate, ter menos de dois anos de experiência como lutadora profissional de MMA.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), a sorridente Eduarda Ronda recordou o início tardio e inusitado nas artes marciais. Então com 25 anos e em busca de uma atividade que a ajudasse na perda de peso, a sergipana – primeira atleta do estado a assinar com o UFC – conheceu o jiu-jitsu e rapidamente se apaixonou pela modalidade.

A paixão pela arte suave foi tamanha que Eduarda deixou para trás inclusive seu antigo planejamento de carreira. À época cursando odontologia, a atleta da equipe ‘Galpão da Luta’ trancou a matrícula na faculdade e passou a se dedicar aos esportes de combate.

“Eu gostava muito de esporte, mas praticava por hobby, tipo jogar bola, vôlei… Mas artes marciais e para seguir de verdade foi só quando eu conheci o jiu-jitsu. (Entrei para) Perder peso. Eu estava subindo muito o peso, chegando a um peso que eu nunca tive na vida, que era 78 kg. E eu fiquei desesperada, porque eu não gostava de ir à academia. Aí eu pensei: ‘Vou procurar um esporte’. Encontrei o jiu-jitsu e me apaixonei. Larguei faculdade – eu fazia faculdade na época, era o mesmo horário. Larguei tudo e disse: ‘É isso que eu quero, é isso que eu vou fazer'”, relembrou Eduarda.

Mudança de vida

Hoje, aos 29 anos, Eduarda Ronda pode afirmar com todas as letras que o MMA mudou sua vida. O contrato com o UFC chega como uma espécie de ‘cereja do bolo’ para coroar a escolha feita pela atleta, que foi campeã do ‘Demo Fight’, poucos anos atrás.

“Muda muita coisa (na minha vida). Eu vou estar muito mais focada, muito mais treinada, agora vou treinar bem mais. Já treinava muito e agora vou dobrar. Vai mudar minha vida toda. É porque a ficha não caiu ainda, mas eu tenho consciência que mudou minha vida – o esporte mudou minha vida, o MMA mudou minha vida. Esse contrato agora é o ápice”, finalizou.

Apesar de ter começado sua carreira no MMA profissional apenas em março de 2022, Eduarda Ronda já possui um cartel de lutas expressivo. Ao todo, foram nove vitórias e nenhuma derrota em cerca de um ano e meio competindo em torneios nacionais. Agora no UFC, a expectativa é que a sergipana repita os passos de seu companheiro de equipe, Jailton Malhadinho, e rapidamente acumule novos triunfos para chegar ao top 15 do peso-palha (52 kg).

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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