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Diego Ribas/PxImages

Boxe

Claressa Shields unifica título mundial na segunda categoria diferente e faz história no boxe

Principal estrela do boxe feminino na atualidade, Claressa Shields teve mais uma noite de enorme destaque na última sexta-feira (5). Antes mesmo de pisar no ringue para enfrentar Marie-Eve Dicaire, a quem derrotou na decisão unânime dos juízes, a campeã mundial escreveu mais uma vez seu nome nos livros de história da nobre arte ao se tornar a primeira mulher a liderar o card de um evento pay-per-view somente com lutas femininas.

Além disso, o triunfo sobre a pugilista canadense rendeu outra façanha para Claressa, que recentemente assinou com o PFL e planeja estrear no MMA profissional ainda neste ano. Com a vitória dominante sobre a adversária, Shields manteve os títulos mundiais da divisão dos supermédios da WBC (Conselho Mundial de Boxe) e da WBO (Organização Mundial de Boxe) e conquistou os cinturões da IBF (Federação Internacional de Boxe), que pertencia a Dicaire, e da WBA (Associação Mundial de Boxe), que estava vago.

Com isso, Shields se tornou a primeira pugilista, independentemente do gênero, a unificar os principais cinturões em duas categorias diferentes. Vale lembrar que a americana já havia dominado os quatro mais importantes títulos da divisão dos médios.

Medalhista de ouro nas Olimpíadas de Londres e do Rio de Janeiro, em 2012 e 2016, respectivamente, Claressa Shields migrou para o boxe profissional poucos meses depois de se consagrar como bicampeã olímpica e segue invicta após 11 confrontos disputados. Os feitos e recordes da americana a colocam na discussão sobre a maior boxeadora de todos os tempos.

No entanto, o pouco reconhecimento como principal estrela do boxe feminino fez a campeã mundial iniciar seu processo de transição para o MMA, onde espera receber maior reconhecimento por seu talento. Recentemente, Shields iniciou seus treinamentos na nova modalidade sob a tutela da consagrada equipe ‘Jackson Wink’, lar de grandes estrelas do UFC, como Jon Jones e Holly Holm. A pugilista, que assinou com o PFL, não pretende abandonar completamente a nobre arte, ao menos por enquanto, e já deixou claro que pretende conciliar os dois esportes.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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