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Para seguir legado de Anderson Silva, ‘Demolidor’ promete “show” no UFC Canadá

Depois de estrear com o pé direito – ou melhor, com joelhada voadora e direto de direita –, Michel ‘Demolidor’ encara Tristan Connelly no próximo sábado (14), em combate válido pelo card do UFC Canadá. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o meio-médio (77 kg) – que possui um estilo de jogo plasticamente agradável para o grande público – revelou que se inspira em Anderson Silva, ex-campeão peso-médio (84 kg) do Ultimate, para, antes de tudo, proporcionar um grande espetáculo para os torcedores.

O meio-médio, que vem de vitória por nocaute sobre Danny Roberts em maio deste ano, por pouco não viu sua participação no UFC Canadá ser cancelada. Seu adversário original, o russo Sergey Khandozhko, teve problemas com seu visto e foi obrigado a desistir do combate, mas o Ultimate conseguiu um novo oponente para o brasileiro a tempo. Bastante agressivo sempre que se apresenta, Michel demonstrou irritação com a geração atual de lutadores, que, segundo ele, não se importa com o produto entregue aos fãs do esporte.

“Eu sempre gostei muito do Anderson Silva. Eu me vejo como um representante do legado dele. Vejo que hoje os atletas não pensam muito nisso. O Anderson lutava para dar show, fazer os fãs amarem o MMA, e hoje em dia os atletas estão deixando isso morrer. Eu, como representante da nova geração, me considero no dever de dar continuidade a esse legado que o Anderson construiu. Hoje os caras só pensam em ganhar, mesmo que seja de forma chata. Não pensam em dar um show para o público. Eu quero que os fãs fiquem pensando no que eu vou fazer na minha próxima luta, que eles sintam vontade de parar para me assistir”, declarou Michel ‘Demolidor’ à Ag. Fight.

Com um novo oponente definido na semana do evento, qualquer lutador teria dificuldades em ter tempo hábil para estudar o rival. No entanto, isso não parece ser um problema para o brasileiro. De acordo com Michel, ele prefere adotar a estratégia de focar no que deve fazer dentro do octógono, e não se preocupar com as habilidades do adversário.

“Eu sou um cara que não estudo muito os adversários. Eu treino para lutar com qualquer um. Não sou um cara de muita estratégia. Entro para lutar e sei o que eu devo fazer ou não. Não tenho muita frescura de ficar analisando o rival. Só sei que ele vem do jiu-jitsu e para mim é o suficiente”, contou.

Natural da cidade de Tucumã, no Pará, Michel teve uma infância difícil e foi criado pelos tios. Com o pensamento em todos os obstáculos que precisou superar, o atleta se emocionou bastante em sua estreia pelo Ultimate. Agora, com o sonho de fazer parte do maior evento de MMA do planeta realizado, o meio-médio busca o segundo triunfo consecutivo pela entidade, mas para isso terá que passar por Connelly, atleta da casa.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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