Canadense é um dos poucos atletas que obteve dois títulos no UFC – Diego Ribas
Georges St-Pierre se aposentou do MMA como ex-campeão dos meio-médios (77 kg) e dos médios (84 kg) do UFC. Mas, pouco antes de decretar o fim da carreira, chegou a negociar com o Ultimate para enfrentar Khabib Nurmagomedov pelo título dos leves (70 kg). Seis meses após ‘GSP’ parar oficialmente, rumores de uma volta triunfal vieram à tona. O canadense, entretanto, apressou-se em descartar esta hipótese.
O veterano foi um dos convidados do UFC Newark e foi questionado pela emissora ‘TSN’, de seu país, sobre seus planos para o futuro. E não deu margem para especulações. Ele declarou que agora se concentrará nas atividades com sua família e nos cuidados com a saúde.
“Estava na minha cabeça quando eu me aposentei. Eu realmente queria fazer isso, mas agora, falando a verdade, o UFC foi claro: eles tinham outros planos para Khabib. Então, eu virei a página. Eu não poderia esperar que a luta acontecesse e ficar parado. Tenho outros planos para a minha vida. Ser o melhor lutador do mundo não é mais a minha prioridade número 1. Antes era, agora não. Tenho família, amigos, muito mais coisas importantes a fazer. Tenho outros projetos para o futuro. A família é a prioridade número 1. É muito importante. Família e saúde são muito importantes”, falou.
A menção aos cuidados com o corpo têm sentido. Depois de quatro anos parado, St-Pierre retornou em 2017 ao MMA, conquistou o título dos médios, mas teve de renunciar ao cinturão por causa de uma colite ulcerosa, condição que exigiu um tratamento especializado. Apesar disso, o canadense destacou que sua negativa ao retorno se dá menos por incapacidade física e mais por falta de desejo.
“Não é porque eu não possa; é porque não quero. Não vale a pena dedicar todo meu foco e concentração a isso, se eu não vou lutar e conseguir a luta que quero, entende? Então não é que eu não possa fazer. Posso voltar e lutar novamente, mas meu coração não está lá. Quando eu treino na academia, me sinto muito confiante. Quando eu treino com um cara jovem, me sinto querendo voltar a lutar, mas volto para casa, às vezes acordo de manhã e fico tipo; ‘Ah, f***-se isso'”, explicou.
Ao encerrar sua análise, Georges afirmou que as competições são “um capítulo da minha vida que acabou”. Aos 38 anos, ‘GSP’ fez 28 combates profissionais e perdeu apenas dois — um em 2004 e outro em 2007, ambos valendo título. Entre o último revés e a aposentadoria, foram mais de dez anos invicto.