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Ex-UFC analisa benefícios de ter sido diagnosticado com autismo quando adulto

A recente vitória de John Howard sobre Ray Cooper III, no ‘PFL 4’, no último dia 11, marcou o fim da temporada regular do evento para o americano. O triunfo o credenciou a lutar contra David Michaud pelas quartas-de-finais do peso-meio-médio (77 kg), no dia 11 de outubro, em Las Vegas (EUA). Porém, nenhum desafio nestes playoffs será tão surpreendente quanto algo que Howard descobriu há pouco.

Apenas três anos atrás, o atleta foi diagnosticado como portador de autismo. Receber este parecer médico como adulto, apesar de incomum, o fez compreender melhor muitos aspectos de sua vida, como ser colocado em uma classe de alunos especiais quando criança.

“Quando eu descobri, eu sorri por um momento. De repente, tudo fez mais sentido. Eu tinha algo que não sabia, eu não conseguia acreditar, eu estava em choque. Na verdade, é uma benção porque o meu comportamento e muitas das coisas que eu fiz durante a minha vida inteira agora fazem sentido”, disse Howard ao site ‘Sporting News’.

Mantendo uma postura positiva sobre sua condição, ‘Doomsday’ afirmou que ter passado toda a vida com autismo o ajudou a se tornar um lutador melhor. Seja pelas diversas confusões pelas ruas de sua cidade natal quando jovem, ou seu período não tão bem sucedido no UFC, onde teve sete vitórias e sete derrotas.

“Minha desvantagem é na verdade uma arma. A forma como eu processo as coisas é totalmente diferente, mas é benéfico para mim. Porém, para um atleta, eu acredito que seja a melhor forma de pensar. Então, talvez, seja por isso que eu sou um grande lutador. A doença me fez mais forte”, concluiu o americano.

Caso consiga vencer as três lutas durante os playoffs do ‘PFL’ e conquistar o cinturão dos meio-médios (77 kg), John ‘Doomsday’ Howard levará para casa o título e o prêmio de milhão de dólares (cerca de R$ 3,7 milhões). A última vez que o atleta conseguiu quatro vitórias seguidas foi em 2013, sendo duas pelo ‘CES MMA’ e as outras pelo ‘UFC’.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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