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Wilson Reis lamenta futuro dos moscas no UFC: “Acho que a categoria vai acabar”

Wilson Reis encara o compatriota Alexandre Pantoja neste sábado – Erik Engelhart

Apontada como pouco atrativa e rentável, a divisão dos pesos-moscas (57 kg) do UFC tem tido sua permanência na organização questionada para 2019. E, de acordo com Wilson Reis – um dos remanescentes da categoria -, a expectativa é que o Ultimate realmente acabe com a divisão masculina de menor peso. E isso poderia ocorrer antes mesmo do segundo semestre deste ano.

Em entrevista exclusiva à Ag. Fight, Wilson recordou que os indícios sobre o fim da categoria se fortaleceram após o UFC demitir diversos atletas nos últimos meses. Além disso, o atual campeão Henry Cejudo disputará o cinturão dos galos (61 kg) contra Marlon Moraes em uma superluta no dia 8 de junho. E a vitória de ‘The Messenger’ poderia decretar definitivamente o fim da divisão.

“A gente não sabe o futuro da categoria, não dá para saber. Infelizmente, o UFC não dá uma posição concreta, então, a gente tem que cruzar os dedos e só. (…) Acho que ainda teremos algumas lutas na categoria, umas duas ou três lutas, e vai acabar. Acho que a categoria vai acabar. Porque não estão contratando ninguém. Já cortaram praticamente 80% da categoria, então o que aparenta é que a categoria vai acabar. Até junho ou julho já deve ter acabado”, lamentou.

Ainda que pouco esperançoso, o lutador mineiro ressaltou que evita pensar na possibilidade de ter que subir para os galos para continuar no UFC. E, apesar de admitir que a mudança de categoria lhe traria algumas complicações, Wilson garante que, com alguns ajustes, resolveria problemas como o de menor envergadura. E, na conversa com a Ag. Fight, o atleta destacou que os moscas poderiam até mesmo ter algumas vantagens na divisão de cima.

“A dificuldade seria mais de envergadura, porque técnica e força a gente consegue dar um jeito, mas envergadura é um problema, porque junta com o peso do cara e tudo e atrapalha. Mas já lutei nessa categoria antes, então é só fazer alguns ajustes para poder lutar bem. (…) Vantagem seria de velocidade, de cortar menos peso, porque existem atletas que cortam bastante peso. Acho que seriam as únicas vantagens”, ressaltou.

Antes de qualquer coisa, Wilson tem encontro marcado com Alexandre Pantoja no próximo sábado (13), em Orlando (EUA). Contra o compatriota, o mineiro buscará a 24ª vitória como lutador profissional de MMA, em cartel que também conta com nove derrotas. Para isso, ele contou que pretende surpreender o rival carioca e dar um show para o público. Desta forma, tentaria mostrar para o UFC que a divisão dos moscas ainda pode cair no gosto dos fãs e garantir retorno financeiro para a organização.

“Pretendo anular o jogo do Pantoja com inteligência, com síntese, movimentação. Bastante pressão, porque o Pantoja é um cara que vem para cima também, então é um cara que eu quero confundir e derrubar. Botar ele no chão em uma posição boa, desconfortável, até chegar na finalização ou no nocaute. (…) Não quero fazer uma luta voltada só para a vitória, mas para entreter o público também”, concluiu.

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