Munhoz descartou a possibilidade de provocar Cody durante a luta no UFC 235 – Diego Ribas
Normalmente contido em suas declarações, Pedro Munhoz não costuma se empolgar quando fala sobre seus próximos combates. No entanto, até mesmo o peso-galo (61 kg) mudou um pouco sua postura devido às atuais circunstâncias, e não é para menos. Afinal de contas, o brasileiro terá pela frente, no melhor momento de sua carreira, um ex-campeão do UFC: Cody Garbrandt.
Em seus últimos sete confrontos no Ultimate, Munhoz foi superado em apenas um – e de forma controversa. Já seu adversário vem de duas derrotas seguidas contra seu maior rival e atual campeão dos galos: T.J. Dillashaw. E é exatamente no retrospecto recente que mora a confiança do brasileiro que, durante entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, projetou um objetivo ousado após a realização do card de Las Vegas (EUA) deste sábado (2).
“Acredito que agora seja o meu momento. Cody é um atleta muito bom, experiente com um poder de nocaute forte, mas estou em um momento melhor que o dele, pelo fato dele ter tido essas duas derrotas e eu estar embalado por duas vitórias contra atletas duríssimos. Acredito que venho em um embalo melhor que o Cody fisicamente e psicologicamente também – porque ele tomou knockdowns, seguidos de nocaute. Eu não tive nenhum knockdown nas minhas últimas lutas, então acho que nessa parte, fisicamente e psicologicamente, estou em um melhor momento”, analisou Pedro, antes de almejar um objetivo ainda mais grandioso.
“Acredito que sim pelo fato dele ser ex-campeão, uma vitória significante em cima dele, um nocaute ou uma finalização – eu passo para a luta pelo cinturão com certeza”, completou o paulista.
Com um jiu-jitsu refinado, Munhoz conquistou mais da metade de suas vitórias como profissional de MMA por meio de finalizações. Seu adversário, por sua vez, é um nocauteador nato – dessa forma ele liquidou a fatura em nove de seus 11 triunfos na carreira. Sendo assim, o caminho ideal para o brasileiro seria levar o combate para o chão, correto? Não necessariamente. A parceria em treinos com grandes nomes da trocação fizeram ‘The Young Punisher’, como é conhecido, ganhar confiança em pé.
“A maioria das minhas vitórias parte de um knockdown. Tenho algumas finalizações que eu gosto de fazer – principalmente a guilhotina que a galera gosta bastante. Mas todas elas (finalizações) partindo de um knockdown, contra o Rob Font e outros vários lutadores. Não sou um cara que busco a queda, procuro a luta em pé e busco o knockdown para poder trabalhar minha parte de chão. Me sinto bem na parte em pé. Desde os 17 treinando com os melhores treinadores: Rafael Cordeiro, já fiz sparring com o Robson Conceição, campeão olímpico de boxe – uma experiência única -, já trabalhei com o Dórea. Então vou te falar, a galera fala que meu carro-chefe é jiu-jitsu, isso e aquilo, mas desde 2007 venho treinando boxe, muay-thai com os melhores treinadores do mundo. Total (confiança na trocação sábado)”, garantiu o atleta da ‘American Top Team’ em conversa com a Ag Fight.
O UFC 235 é um dos eventos mais aguardados do ano e, além do confronto entre Cody e Munhoz, traz duas disputas de cinturão. Kamaru Usman tentar destronar Tyron Woodley pelos meio-médios (77 kg) na luta co-principal da noite. E no ‘main event’ do show, Jon Jones defende seu título contra o meio-pesado (93 kg) Anthony Smith.